sexta-feira, 18 de março de 2011

A força do BNDES

                  
                      Com prazo de vigência até 31 de dezembro de 2012, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem a elevação para R$ 450 milhões da dotação do Programa de Microcrédito. A dotação anterior era de R$ 250 milhões.
O programa objetiva estimular a geração de trabalho e renda, a partir da concessão de recursos para o microcrédito a empreendedores individuais ou empresas de pequeno porte, cuja receita bruta anual seja equivalente ou inferior a R$ 240 mil. A indústria do microcrédito foi introduzida no Brasil pelo BNDES em 1996. “A gente fez nascer essa indústria de microfinanças aqui no Brasil”, disse à Agência Brasil o chefe do departamento de Economia Solidária do BNDES, Ângelo Fuchs. Um curso promovido pelo banco capacitou os agentes de crédito repassadores de recursos. Um novo programa de microcrédito, “melhor qualitativa e quantitativamente”, segundo Fuchs, foi colocado na praça pelo BNDES no início do ano passado. “Mas, em dezembro, diante da grande aceitação e da demanda significativa, que ultrapassou as expectativas do BNDES, a instituição decidiu ampliar a dotação orçamentária”, afirmou, acentuando que “esta semana, por exemplo, a gente enquadrou R$ 14,5 milhões em projetos de microcrédito”.
Segundo Fuchs, o microcrédito se difere de uma operação de crédito convencional porque funciona com o aval solidário, isto é, sem exigência de garantia.“O microcrédito funciona para os excluídos do sistema bancário, ou seja, àquelas pessoas que não têm condição de dar garantia para receber seus empréstimos”. “Ele é baseado na figura de um agente de crédito que vai até a comunidade. Em vez do microempreendedor ir até o banco, o banco vai até ele”. Fuchs ressaltou que “quando esse microempreendedor vai até o microempresário, ele o ajuda no básico das finanças. Então, tem uma educação financeira envolvida”.

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