O Norte Fluminense vive a sua Revolução Industrial. O crescimento e o progresso avançam em velocidade supersônica na região, com o aporte de megaempreendimentos como os complexos do Açu e Farol/Barra do Furado, entre outros projetos. A fim de criar condições que possam reduzir os efeitos colaterais deste fenômeno e seus inevitáveis impactos sociais e ambientais, entidades representativas da sociedade civil e o próprio poder público se mobilizam para revisar conceitos e parâmetros, repensar o presente e planejar o futuro diante da nova realidade.
Em Campos, acaba de instalar o Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Comudes), a fim de estimular a interação entre a sociedade e poder público na formulação de políticas públicas. Na composição do Conselho, a participação dos diferentes agentes da sociedade, desde o empresariado, o meio acadêmico, as entidades filantrópicas, sindicatos, representantes do Legislativo e Executivo local. “O Comudes será um espaço permanente de discussão da agenda das políticas públicas de Campos, que hoje passa por um processo de forte mudança no seu dinamismo econômico, em decorrência de investimentos privados associado ao petróleo, gás, etanol e exportação de minério de ferro, casos dos complexos do Açu e Farol/Barra do Furado, entre outros projetos”, observou o gerente executivo do Centro de Informações e Dados de Campos (Cidac).
Em Campos, as vozes quase são unânimes em afirmar que a intenção é evitar que ocorram os mesmos fenômenos que se sucederam em Macaé, a partir do advento da indústria do petróleo: superpopulação, favelização e violência desenfreada, entre outras mazelas do crescimento desordenado.
Extraordinário gigantismo do complexo do Açu
Operação do Porto do Açu tem previsão de ser iniciada em 2012
O Superporto do Açu, ou simplesmente Porto do Açu, no quinto distrito de São João da Barra, é um empreendimento logístico da empresa LLX Logística S.A., através de suas subsidiárias, LLX Porto do Açu Ltda. (LLX Açu) e LLX Minas-Rio Logística Ltda. (LLX Minas Rio). Faz parte de um projeto maior do grupo EBX, controlado pelo bilionário Eike Batista, e prevê um modelo de condomínio industrial/logístico sem precedentes no País.
O complexo corresponde ao maior investimento em infraestrutura portuária das Américas. Sua construção teve início em outubro de 2007 e sua operação está prevista para ter início no primeiro semestre de 2012. Com retroárea de 90 km², que representa aproximadamente 20% de todo o território do município de São João da Barra, equivalente à cidade de Vitória (ES), o porto servirá de indutor do desenvolvimento da região, já que atrai uma série de indústrias pelas facilidades logísticas e pelas sinergias entre os empreendimentos previstos.
Se todas as negociações anunciadas se confirmarem serão investidos de maneira direta, através de agentes públicos e principalmente privados, aproximadamente US$40 bi na região, alterando radicalmente o perfil demográfico, social e principalmente econômico do Norte Fluminense. Espera-se que no auge da fase operacional sejam gerados 50 mil empregos diretos na área do porto. Além de um estaleiro e duas termoeletricas, montadoras de veículos, siderúrgicas e cimenteiras já se comprometeram, através de memorandos, em se instalar no Açu.
fonte: EBx e Jornal O diario
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