quarta-feira, 18 de maio de 2011

EXAME NO EMPRESÁRIO ASSASSINADO NO MOTEL NÃO HÁ SINAIS DE ESTRANGULAMENTO

Empresário não tem sinais de estrangulamento, diz laudo

A delegada Juliana Rattes, que investiga a morte do empresário Fabio Gabriel Rodrigues, 33 anos, encontrado em um motel em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, afirmou nesta quarta-feira que um laudo pericial não indicou sinais externos de estrangulamento. A análise levou em conta o local do crime e fotos do corpo da vítima. A delegada deve pedir a prisão preventiva da jovem.
Verônica foi transferida para Magé nesta terça-feira |
Suspeita do crime, Verônica Verone de Paiva, 18 anos, que seria amante de Fabio, está presa. Ela confessou ter enforcado o empresário ao reagir a uma suposta tentativa de abuso. A polícia investiga se ele usou drogas antes de ser assassinado, apesar de só terem sido encontradas bebidas no quarto. "Mesmo que tenha sido overdose, a Verônica pode estar envolvida", disse a delegada. Segundo ela, perguntas como o motivo pelo qual Verônica não ajudou a socorrer o empresário permanecem.

Ainda segundo a delegada, o laudo local revelou pontos que abrem a linha investigatória, que ainda não podem ser divulgados. O resultado do exame cadavérico, a análise interna do corpo, ficará pronto até o final da semana, informou Juliana. Já o laudo toxicológico não tem previsão para sair porque as análises químicas do corpo levam mais tempo.

Hoje, a polícia ouviu a mãe de Verônica, Elizabeth Verone. Conforme a delegada Juliana, houve contradições entre o depoimento das duas. Um dos pontos já esclarecidos, segundo ela, é a informação, fornecida pela suspeita, de que Fabio teria morado um mês com a jovem. Elizabeth negou e afirmou que o empresário dormiu algumas vezes na residência, mas não chegou a se mudar para lá.

Verônica disse à polícia ter sofrido tentativa de abuso sexual por parte do pai durante a infância - o homem morreu em janeiro de 2010. A suspeita afirmou que se lembrou do suposto abuso ao ser tocada por Fabio no motel e isso teria motivado o ataque. De acordo com o delegado Rodolfo Thompson, que defende a jovem, ela não teve a intenção de ferir gravemente o empresário e que sofre de "síndrome do pânico em alto grau".

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