sexta-feira, 27 de maio de 2011

Papa Bento XVI fecha convento em que freiras dançavam em cerimônias

Segundo jornais italianos, Vaticano estava insatisfeito com 'irregularidades morais' em monastério da famosa Basílica di Santa Croce.


Freira dançante da basílica de Santa Croce (Foto: Giuseppe De Carli)Freira dançante da basílica de Santa Croce

O papa Bento XVI mandou fechar um famoso convento em Roma, de acordo com informações de jornais italianos.
O jornal "La Stampa" informou que o monastério da Basílica di Santa Croce in Gerusalemme (Basílica da Santa Cruz de Jerusalém) estaria sendo fechada devido a 'irregularidades' litúrgicas, financeiras e morais.
Segundo os jornais, alguns monges cistercianos da igreja foram transferidos para outras congregações na Itália. O abade Simone Fioraso, um extravagante ex-estilista de Milão, já tinha sido transferido do mosteiro há dois anos.
O jornal "Il Messaggero" informou que Fioraso tinha restaurado o convento, que estava muito danificada, e aberto um hotel no local, em que realizava concertos. Ele também realizou uma maratona de leitura da Bíblia que foi transmitida pela televisão e constantemente atraía celebridades para visitar o mosteiro, em que promovia uma abordagem menos convencional da religião.
Uma das freiras do mosteiro, Anna Nobili, ex-dançarina erótica, fez várias apresentações de dança com outras freiras durante cerimônias religiosas.
Investigação
O Vaticano teria expressado sua insatisfação com os boatos a respeito do mosteiro.
"Uma investigação descobriu provas de irregularidades litúrgicas e financeiras, além de (irregularidades de) estilo de vida, que provavelmente não estavam de acordo com o de um monge", teria dito ao jornal britânico "Guardian" o padre Ciro Benedettini, um porta-voz do Vaticano.
O inquérito foi feito pela Congregação dos Institutos de Vida Consagrada do Vaticano e seus resultados ainda não foram publicados, segundo o "La Stampa".
A Basílica de Santa Croce é uma das mais antigas e famosas de Roma, foi construída em volta de uma capela do século IV.
A igreja é um dos locais mais importantes de peregrinação na capital italiana e acredita-se que ela guarda relíquias sagradas.

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