Tayane Tavares, vítima do massacre: 'Ele percebeu que não estava morta e voltou'
Rio - A menina Tayane não consegue esquecer o momento do massacre um só segundo. Ainda no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital de Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias, ela já começa a reagir aos estímulos através de massagens feitas pelos pais em suas pernas e chegou a dizer que o pé dói, segundo sua mãe, Andréa. Para todos da família, a reação representa uma esperança para a adolescente, apaixonada por atletismo, deixar o hospital andando. O estilhaço de um dos quatro tiros disparados contra a menina atingiu a coluna e médicos ainda não podiam afirmar se Thayane andaria novamente.
1. Você lembra do momento do ataque?
— Na hora em que percebi o perigo, tentei me esconder perto da mesa da professora e ele veio em minha direção. Então, ele disse: ‘Você vai morrer’. Depois eu vi uma espécie de fogo sair de dentro da arma. Logo depois, caí. Não sei dizer como coloquei o braço na frente da minha cabeça na hora dos disparos. Então o braço também ficou ferido. Ele disparou mais um tiro na direção da minha cabeça, mas desta vez não pegou.
2. E os outros tiros?
— Fingi que estava morta para escapar de mais disparos. Mas um amigo meu se jogou em cima de mim, tentando me proteger. Me mexi. O homem percebeu meu movimento. Então, voltou e gritou: ‘Você não morreu, sua fdp???’ E me deu mais três tiros. Estes últimos disparos atingiram a minha barriga.
3. Como você saiu da sala de aula ferida?
— Um colega me retirou no colo. Eu saí falando (estava consciente). Vi o homem morto na escada quando estava no colo dele.
4. E agora?
— Quando cheguei ao hospital, eu não achei mais que iria morrer, mas não consigo esquecer tudo o que aconteceu. Não sei o motivo que levou o homem a fazer tudo isso. Perdi meus amigos. Mas minha mãe diz que não é hora de pensar nisso, que o mais importante é estar com vida e sair bem do hospital.
5. Você rezou muito?
— Como não perdi a consciência, rezei muito para que Deus guardasse a minha vida. Não deixasse que eu morresse. Soube pela minha família e perdi muito sangue, então pedi a Deus pela minha vida.
Foto: Reprodução
— Na hora em que percebi o perigo, tentei me esconder perto da mesa da professora e ele veio em minha direção. Então, ele disse: ‘Você vai morrer’. Depois eu vi uma espécie de fogo sair de dentro da arma. Logo depois, caí. Não sei dizer como coloquei o braço na frente da minha cabeça na hora dos disparos. Então o braço também ficou ferido. Ele disparou mais um tiro na direção da minha cabeça, mas desta vez não pegou.
2. E os outros tiros?
— Fingi que estava morta para escapar de mais disparos. Mas um amigo meu se jogou em cima de mim, tentando me proteger. Me mexi. O homem percebeu meu movimento. Então, voltou e gritou: ‘Você não morreu, sua fdp???’ E me deu mais três tiros. Estes últimos disparos atingiram a minha barriga.
3. Como você saiu da sala de aula ferida?
— Um colega me retirou no colo. Eu saí falando (estava consciente). Vi o homem morto na escada quando estava no colo dele.
4. E agora?
— Quando cheguei ao hospital, eu não achei mais que iria morrer, mas não consigo esquecer tudo o que aconteceu. Não sei o motivo que levou o homem a fazer tudo isso. Perdi meus amigos. Mas minha mãe diz que não é hora de pensar nisso, que o mais importante é estar com vida e sair bem do hospital.
5. Você rezou muito?
— Como não perdi a consciência, rezei muito para que Deus guardasse a minha vida. Não deixasse que eu morresse. Soube pela minha família e perdi muito sangue, então pedi a Deus pela minha vida.
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