quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sangue em carro do goleiro Bruno era de Eliza Samudio.


Em entrevista, Macarrão (camisa vermelha) diz que sangue em carro de Bruno era de Eliza Samudio Em entrevista, Macarrão diz que sangue em carro de Bruno era de Eliza Samudio
    Braço direito do goleiro Bruno Souza, o amigo Luiz Henrique Romão afirmou que o sangue encontrado em uma Land Rover, carro que pertencia ao jogador, era de Eliza Samudio, ex-amante do atleta e cujo desaparecimento levou o atleta e mais 7 pessoas a júri popular, ainda sem data marcada.
    A declaração de Romão, conhecido como “Macarrão”, foi dada ao deputado estadual Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da AL-MG, durante visita que o parlamentar fez à Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), para averiguar as condições do confinamento de presos.
    A entrevista com o político foi gravada pela TV Assembleia, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (AL-MG). No trecho, Macarrão afirma nunca ter negado que o sangue era da jovem, e a orientação para não tocar no assunto teria partido de seus advogados.

    Sangue

    Durante as investigações sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, a Polícia Civil mineira afirmou que o veículo foi usado para levar a modelo e o filho dela, cuja paternidade é atribuída a Bruno, do Rio de Janeiro até Minas Gerais, em junho do ano passado.
    Durante o trajeto, segundo o inquérito, um primo adolescente do goleiro, que estaria escondido no porta-malas do carro, desferiu coronhadas na cabeça de Eliza. O carro era dirigido por Macarrão, de acordo com a polícia. A perícia da Polícia Civil havia confirmado que o material era da ex-amante do atleta.
    O advogado do acusado pelo assassinato da jovem, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola”, havia questionado o trabalho da perícia e chegou a contratar o perito George Sanguinetti, que ganhou notoriedade por contestar laudo da morte de Paulo César Farias, ex-tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
    De acordo com Zanone Júnior, advogado de Bola, um dos pedidos que ele teria feito à Polícia Civil versava sobre a possibilidade de o carro ser periciado por Sanguinetti. De acordo com ele, a polícia negou acesso ao carro.

    Veja a versão da polícia para morte de Eliza Samúdio

    Carta marcada

    Macarrão ainda relatou ser “carta marcada” dentro do presídio, em alusão a ameaças que teria sofrido de agentes penitenciários dentro da unidade prisional. Ele reclamou de ter sido apartado do convívio com o goleiro Bruno, com que dividia uma cela.
    “Eu tive problemas com pessoas que estavam me criticando, que eram os agentes que eu denunciei. Desde que a gente veio preso, eu vivi dez meses com o Bruno. (...) Hoje, para a gente conversar sobre o processo, eu não tenho acesso a ele”, informou Macarrão. Ele disse ainda que os próprios advogados interferem nas tentativas de ele falar com o goleiro.
    Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Macarrão está confinado em um pavilhão “destinado a presos que necessitam de segurança diferenciada”. O órgão negou que o preso estivesse em pavilhão indicado para detentos que tenham cometido crimes sexuais porque “não existe este pavilhão na Nelson Hungria”, informa nota da secretaria.

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